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SOBRE MIM

       Meu nome é Juliano, sou psicanalista desde o início deste século (para ser dramático e entregar a minha idade...). Nasci e me criei em Porto Alegre, cidade que tem o meu “DNA”, onde aconteceu toda a base da minha formação como pessoa, cidade da qual eu tenho infinitas e importantes lembranças afetivas. Mudei-me para São Miguel do Oeste em 2007, onde morei por dez anos e tive a oportunidade de vivenciar uma imensa quantidade de experiências (não só!) acadêmicas, além de conhecer e aprender com uma outra cultura, estilo de vida, com a qual não estava acostumado, lugar do qual também guardo muitas lembranças. Vivi no Rio de Janeiro desde 2017, cidade que eu amo e da qual tenho memórias inesquecíveis. Após 16 anos, voltei para Porto Alegre, de onde desenvolvo minhas atividades on-line.

      Formei-me em psicologia na PUCRS, em 2000. Logo na sequência, iniciei minha formação em psicanálise no Centro de Estudos Psicanalíticos de Porto Alegre (CEP de PA), juntamente com o mestrado em Psicologia Clínica na mesma PUC do Rio Grande do Sul onde cursei a graduação. Desde então, trabalho em atendimento clínico psicanalítico, o que sempre foi o meu maior interesse. Fui docente na UNOESC, no oeste catarinense, São Miguel do Oeste (onde morava) e Pinhalzinho, por dez anos, onde pude realizar todo o tipo de atividade acadêmica (das muito ruins até as muito boas!). Fiz meu doutorado em Teoria Psicanalítica na UFRJ, no Rio, concluído em 2022. O que isso tudo quer dizer? Absolutamente nada! São apenas títulos que, dadas as possibilidades, qualquer um pode ter. Qualquer um também pode ter informações mais específicas sobre isso tudo, como as atividades específicas que realizei nessas experiências que tive, olhando o meu currículo, o tal “Lattes”, que é público e disponível para qualquer um. 

      Por que eu mesmo não coloco tudo aqui? Isso não diz nada sobre as minhas “habilidades”? Ok, é claro que diz: eu não poderia desmerecer jornadas tão longas e (até certo ponto) ricas que fiz. É que eu penso muito no Piloto descrevendo o Principezinho na obra eterna de Antoine de Saint-Exupéry, “O pequeno príncipe”: que as pessoas (grandes) nunca se interessam pelo essencial ao conhecer alguém, como: qual é o som da sua voz, seus brinquedos preferidos, etc. Não, o que conta são os números: qual a sua idade, quanto pesa, quanto ganha (no meu caso, que “titulações” tenho). A ideia é continuar a (ou voltar a) fazer as perguntas infantis, pois estas que são as realmente profundas e interessantes, porque são puras e sinceras; nós, adultos, ficamos “sabidos” e perdemos a curiosidade, ficamos chatos, só tentando discutir algo de grande complexidade que, muitas vezes, no fim das contas não serve para nada. A curiosidade infantil é a que leva para as maiores complexidades que têm valor direto para nós (em nosso caso, majoritariamente, a psicanálise), pois coloca tudo em cheque, faz perguntas simples para as quais realmente não há resposta clara, quando os adultos fantasiam ter todas as respostas (que mundo sem graça que fica, não? Se pensarmos na ciência então...). Afinal, “há mais coisas no céu e na terra, Horatio, do que sonha a tua filosofia”. Hoje eu discordo muito de coisas que defendia há quinze, dez anos atrás; pode ser que daqui a pouco eu não concorde mais com o que escrevi aqui, pense algo diferente. Mas não é assim mesmo? A gente vai mudando, e isso por podermos manter o tal questionamento infantil que não tem vergonha em perguntar o (às vezes) óbvio; o óbvio, as coisas simples, são sempre as mais difíceis. Por isso os adultos se preocupam com as complexas. Eu sempre gostei das pessoas que são livres pensadores; ainda que me achasse um deles (são muito raros), eu sempre estivesse preso a certas “regras” que pareciam me colocar em determinado patamar ou pertencimento a algum grupo. Para mim, foi tudo uma grande besteira. Neste espaço eu estou, finalmente, levando junto todas essas minhas vivências, colocando isso em prática. Esqueçam a parte do “pensador”; mas mantenham em mente o “livre”.

      Eu estou aqui pensando nesse essencial que acabei de escrever, que está muito além de qualquer titulação ou atividade/conquista colocado em um currículo; isso, por si só, fica vazio. Voltando ao “Pequeno príncipe”, é como quando o piloto, após várias tentativas frustradas para desenhar o carneiro solicitado, desenha o “chapéu” de sua infância, que ninguém entendia que era uma jiboia que comeu um elefante, mas o principezinho entendeu, ainda que não fosse o que queria. Então, o piloto desenha uma caixa é diz: “esta é a caixa, o carneiro está dentro”, ao que o principezinho responde: “era assim mesmo que eu queria!”. É isso: ver o elefante dentro da jiboia, ou o carneiro dentro da caixa. Eu sempre pensei que isso tem muito a ver com o que fazemos nos nossos tratamentos psicanalíticos, ou seja, imaginar e, com isso, criar.

      Aqui, você pode me conhecer de verdade. Se não o som da minha voz (não estará sendo perdido nada, garanto!), mas meus brinquedos preferidos. Saber de minhas preferências, de todos os tipos, do pensamento que tenho e das direções na psicanálise que sou interessado em desenvolver. A ideia é “romper” com um tipo de pensamento/atitude acadêmico que me acompanhou por toda a vida. Penso que assim podemos ficar mais próximos. Eu realmente acredito que aqui você pode me conhecer muito bem.

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